segunda-feira, 20 de junho de 2011

Integridade e Relevância

Por sermos membros da Igreja Presbiteriana do Brasil, somos conhecidos no meio evangélico como um povo que leva a sério o estudo da Palavra de Deus, ou seja, que estudamos a Bíblia com profundidade, e alguns até pejorativamente, nos acusam de termos excesso de doutrina. Isso porque valorizamos a exegese bíblica, que é a extração das verdades fundamentais contidas no Livro Sagrado a tantos séculos, e valorizamos também a sua aplicação nos diferentes contextos da vida. 
Somos parte de uma denominação confessional histórica, que desde 1859 no Brasil, tem o objetivo de ser fiel a Deus e relevante na sociedade. E lá se vão 152 anos! A exegese bíblica nos faz íntegros, mas o que nos faz relevantes?
Um autor disse certa vez que a ortodoxia (conhecimento do que é certo), leva a ortopraxia (fazer o que é certo). Por que temos a impressão de que somos estudiosos da Palavra, mas com dificuldades em fazer o que é certo? No caso, a evangelização, o ensino bíblico e a assistência ao ser humano nas suas necessidades.
A minha opinião é que ainda não conseguimos fazer uma exegese cultural. A exegese bíblica nos faz íntegros, pessoas de fé, tementes a Deus; mas é a exegese cultural que nos faz relevantes. A igreja é a soma de integridade e relevância. Caso contrário ela fica isolada, não consegue alcançar o mundo, desenvolve atitudes nostálgicas e melancólicas.
A igreja é pautada pelo futuro. Quando igrejas vão mal, via de regra seus membros estão mal, sem fé, sem esperança, esperando que outros façam o que eles deveriam fazer.
Irmãos, entre o exemplo do veleiro e da lancha, penso que nossa igreja deve se identificar com a lancha. Um veleiro navega ao sabor do vento, a lancha é conduzida por um motor.
Isso é objetividade, efetividade, obediência aos mandamentos, certeza do que ainda não vimos, bem como, descansar nas promessas de Deus. 
Quem queremos alcançar? Como alcançaremos? Quando começaremos? Onde estão nossas forças? Com quem poderemos contar? Quais mecanismos poderemos usar?
Partilho da idéia que conversão não é um ponto final. É um início de relevância no contexto em que estamos inseridos. Não é um evento isolado, é um início de relacionamento. 
Nesse sentido peço a Deus que a nossa igreja tenha personalidade, competência e dons. Que saiamos dos nossos bancos confortáveis, pois quanto mais tempo sentados no banco da igreja, mais estéreis ficamos. Vamos em frente, semear o reino, para que o mundo creia!

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